Fly Away
Novembro 24, 2007
Away….from you….away from life, away from where the day starts…away from empty hands, hounded hearts and dreams of sand…
Porque dessas mãos, amor, que fechavas em meu redor não quero esperar nada, e nada quero ter. Porque se perdeu no caminho o sentido, já não há sonho nem porto de abrigo, já não há comunhão em silêncio e paz, apenas esforço de que não sou capaz. Já não há magia no brilho do teu olhar, já não há horas, já não há tempo, já não há segredos apenas distância, fria intolerância.
Porque de todas as palavras restam as cores, esbatidas algures entre o ser e o ter, entre o teu mundo e o meu entre o que tenho e o que te dou. Entre o que és e o que te quero ser. Das letras trocadas restam ecos, que se perdem entre chão e tecto, que se enrolam e desfazem, em lenta agonia de falsa miragem. Porque não há, amor, cama que satisfaça a alma, apenas a cala, sequer a acalma.
Porque não tenho silêncios para falar contigo, não tenho desenhos, já não consigo. Já não há caminhos traçados no chão, voltou a luz, desfez-se a ilusão. E no tempo que passa e em que não estás, reencontro conforto e paz, em janelas abertas sobre letras coloridas, pedaços de sonho e retalhos de vidas. E solto devagar a corda que nos prende…o vento nas costas, a vida pela frente…
Away from where you are, shining and bright, silent lonely star…
Oh let me fly away
Away
Away
Living the night,
Dreaming the day
Please let me fly
Away
Away
From you
Where I know
I’d better stay
But
Still
Let me fly
Away