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Lazy Cat

No meu cérebro vive um caos sinfónico de ideias desordenadas. Num harém simbólico, todas concorrem -APENAS- pelo teu olhar deslumbrado...

Lazy Cat

No meu cérebro vive um caos sinfónico de ideias desordenadas. Num harém simbólico, todas concorrem -APENAS- pelo teu olhar deslumbrado...

ODEIO-TE

Novembro 30, 2007

O ódio começou aqui

*

 

E lembra-se da roda do vestido, de como lhe dança pelas pernas…da cor do pôr-do-sol….e lembra-se do vento que passa, e da música... e apetece-lhe beber. E até tem limas, e é verão (não é, mas também não interessa, até por acaso já brilham nas ruas cores de Natal, mas enfim….)

Come Here baby 
U know you drive me up a wall
the way you make good on all the nasty tricks you pull Seems like we're makin' up more than we're makin' love
And it always seems you got somn' on your mind other than me
Girl, you got to change your crazy ways
You hear me

Sente-se leve como se tivesse asas, entre um copo e outro, e bebe, enquanto dança, e acha que está calor. E finalmente ele percebeu que já devia ter saído e enfim, agora era de vez, a casa ficava sossegada e voltava à vida que sempre quis.

Say you're leavin' on a seven thirty train and that you're headin' out to Hollywood
Girl you been givin' me that line so many times it kinda gets like feelin' bad looks good

Aquela canção muito antiga anda-lhe às voltas na cabeça. Crazy. Crazy alright. Era isso que fora. Ele foi dando conversa, ela foi atrás, Ele foi ficando uma noite e outra e agora estava há tempo demais!

That kinda lovin'
Turns a man to a slave
That kinda lovin'
Sends a man right to his grave...

- Como é que te amo? Amo-te como o sol ama a lua.

I go crazy, crazy, baby, I go crazy
You turn it on
Then you're gone
Yeah you drive me
Crazy, crazy, crazy, for you baby
What can I do, honey
I feel like the color blue...

Mas ele não percebera. Que o amava nos breves encontros, que mais do que isso não saberia.  Que o amava em breves momentos. Que vivia noutra dimensão, feita de instantes e de imagens de fotografia. Na eterna procura de se encontrar, pela sua própria mão. Que onde sempre houvera entrega, não fora nunca paixão. Apenas um matar de sede. Apenas respirar. Apenas viver.

You're packin' up your stuff and talkin' like it's tough and tryin' to tell me that it's time to go
But I know you ain't wearin' nothin' underneath that overcoat
And it's all a show

E ele acusa-a de perseguir sonhos vãos. Não há paciência, desta vez não há volta a dar. Estas merdas sempre a tiraram do sério. Gritos e discussão são desnecessários. Um não é um não. Adeus é adeus. Sempre eu, sempre nós. O nós não existe. Partilhamos apenas espaço. Eu serei sempre mais importante que tu. Apenas por ser eu.

That kind of lovin'
Makes me wanna pull
Down the shade, yeah
That kind of lovin'
Yeah now I'm never, never, never, never gonna be the same

Serve-se de outro copo e abre a porta do terraço. Ao longe ouvem-se sirenes e uma campainha que não se cala, já irrita, bolas! Parem, deixem-me pensar!

I'm losin' my mind, girl
Cause I'm goin' crazy
I need your love, honey
I need your love

- Estou!  Sim!  Sou eu!

Crazy, crazy, crazy, I go crazy
You turn it on
Then you're gone
Yeah you drive me
Crazy, crazy, crazy, for you baby
I'm losin' my mind, girl
ÔCause I'm goin' crazy
Crazy, crazy, crazy for you baby
You turn it on, then your gone
Yeah you drive me

A música martela sem parar “ crazy, crazy, I go crazy…” e de repente o volume aumenta, as luzes também parecem dançar, bebe mais um gole, e vê o mundo rodopiar, as cores dançam ao tom de crazy, e ela voa, voa, voa….

 

Notícia de abertura do telejornal:

Tragédia neste lugar, um casal jovem morre, ele em acidente de viação, ela de dor, ao receber a notícia, sai para a varanda e deixa-se cair, de telemóvel na mão. A mensagem que parecia estar a escrever: mesmo assim  ODEIO-TE.

Asas de Carinho

Novembro 28, 2007

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Porque a páginas tantas, entre outras palavras e outras letras, entre viagens e sonho, existe a vida.

 

Porque há crianças que voam baixinho,

em costas de amor e asas de carinho

que se espalham como névoa

e nos submergem sem aviso.

 

Porque o tempo leva as memórias das perguntas perfeitas e de como é simples ser feliz.

 

Porque há momentos eternos em voos de segundos, que fazem valer por si só uma passagem por este mundo.

 

E porque é bom esquecermo-nos de nós, olharmos em volta e encontrar gente que sabe amar.....

 

  

 

Quero voar contigo,

E ver o sol a brilhar,

Fazer corridas com os passarinhos,

E nunca mais aterrar

 

Quero sonhar que sou herói

E tu o meu melhor amigo,

Que me ampara nas quedas

E me desvia do perigo

 

Quero ver o mundo contigo

Noite e dia em bater de asa

Maravilhado e rendido

Adormecer e voltar a casa

 

Quero voar no teu colo,

Mas sozinhos não tem graça

Levo o mano comigo

Seremos parceiros de caça

 

Quero voar das tuas mãos

Seguir outras direcções,

Mas voltarei sempre com histórias

Para animar os serões

 

Viajar uma vida num impulso

Nunca esquecer o caminho

Das asas que me ensinaram a voar,

Das mão que me deram alento,

Feitas de amor e carinho…

 

 

 

 

 

Arquivo de nós

Novembro 27, 2007

Sorrisos sem tempos contados, dias vividos, tempo sonhados.

Imagens de vidas felizes, desejos de mãos aprendizes.

Paisagens pintadas a cores, a lágrimas, a dores, a palavras e a pó. Canções que embalam lembranças, convocam esperanças e terminam em dó, recomeçam no ponto em que te deixo e encontro, nunca sozinho mas sempre só. Areia, corridas na praia, mergulhos em ti. Histórias de corpos molhados, morenos, bronzeados, a adormecer o sol. Aromas de velas e vinhos, tecer de destinos a um fio só. Lugares distantes e livros em estantes e páginas escritas…a suor e saliva, entre morrer e dar vida, entre telas e tintas entre cama e lençol. Saudades que queimam em rios de ternura, tardes de tédio e amargura.

Suspiros…

 

Palavras secretas, mãos de poeta, presente de mim.

Riscos de luz, de mão que seduz, imagem de ti.

 

 

Amar...

Novembro 25, 2007

 

 

Amar não é dizer saudade conjugar distância sentir metade.

 

Não é falar silêncios, calar desejos, esconder vontade

 

Amar não é ser um, não é ser dois, é ser.

 

Amar é dizer instantes, viver beijos, não ter idade

 

Amar é esquecer tempo tecer segredo construir verdade.

  

na essência do tempo,

no intervalo incerto

entre receber e dar,

fechar os olhos,

aprender a voar.

 

 

 

 

 

Fly Away

Novembro 24, 2007

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Away….from you….away from life, away from where the day starts…away from empty hands, hounded hearts and dreams of sand…

 

Porque dessas mãos, amor, que fechavas em meu redor não quero esperar nada, e nada quero ter. Porque se perdeu no caminho o sentido, já não há sonho nem porto de abrigo, já não há comunhão em silêncio e paz, apenas esforço de que não sou capaz. Já não há magia no brilho do teu olhar, já não há horas, já não há tempo, já não há segredos apenas distância, fria intolerância.

 

Porque de todas as palavras restam as cores, esbatidas algures entre o ser e o ter, entre o teu mundo e o meu entre o que tenho e o que te dou. Entre o que és e o que te quero ser. Das letras trocadas restam ecos, que se perdem entre chão e tecto, que se enrolam e desfazem, em lenta agonia de falsa miragem. Porque não há, amor, cama que satisfaça a alma, apenas a cala, sequer a acalma.  

 

Porque não tenho silêncios para falar contigo, não tenho desenhos, já não consigo. Já não há caminhos traçados no chão, voltou a luz, desfez-se a ilusão. E no tempo que passa e em que não estás, reencontro conforto e paz, em janelas abertas sobre letras coloridas, pedaços de sonho e retalhos de vidas. E solto devagar a corda que nos prende…o vento nas costas, a vida pela frente…

 

 

Away from where you are, shining and bright, silent lonely star…

 

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Oh let me fly away

Away

Away

Living the night,

Dreaming the day

 

Please let me fly

Away

 

Away

From you

Where I know

I’d better stay

But 

Still

Let me fly

Away

 

*

Novembro 21, 2007

Estrelas

Pó de luar

Vagas serenas.

 

Areia nos pés

Vento, cabelo

Coisas pequenas

 

Silêncio. Segredo.

 

Recordações vagas

Imagens, novelo

Aquilo que és

 

Desejo apenas

Luz de sonhar

Estrelas

 

Contar-te histórias...

Novembro 19, 2007

 

 

 

Quero contar-te o que vi antes que se apague a memória, dizer-te por onde passei, quem vivi, dizer-te com quem sonhei. Quero contar-te que às vezes, em noites de luar, adormeci rendida, em braços com cheiro a mar. Contar-te com brilho nos olhos o sabor do chá, bebido em beijo roubados, em madrugadas de noites perdidas.

 

Contar-te que sorrir não tem começo no coração que voa, nas asas que se dobram onde os ventos ecoam, contar-te o azul do céu de Verão, debaixo de outro chapéu, dentro de outro eu, o verde das linhas que o vento ondula, o segredo das viagens no tempo, reinventado por nós, em estradas nunca maduras, em mapas de linhas e nós.

 

Contar-te o sol que se aninha nas margens duma praia ancorada em rochedos que o vento alinha, em águas que se espelham douradas. Na linha mais distante onde se alojam os sonhos, adormece devagar entre barcos risonhos. Apaga-se devagar dando lugar aos segredos que se contam a meia voz, entre fogueiras e arvoredos.

 

E se vou contar-te do meu mundo, das minhas cores e dos meus sorrisos, quero contar-te tudo o que senti, o que vi não é preciso. São imagens que se guardam, pintadas por outros olhos, que fazem de nós inteiros, pedaços de verdade envoltos em sonhos. Vou contar-te em sentimentos a vida por onde vim, o caminho que trilhei e que me trouxe a ti.

 

Mas vou contar em segredo, em cada sim e cada não, em cada gesto pequeno, em cada roçar de mão, em cada olhar disfarçado em cada gargalhada louca, em cada grito de guerra em cada tirar de roupa....em cada acordar a sorrir, em cada lágrima tua em cada degrau do caminho, em cada voltar e ir, em cada tristeza da lua, em cada saber que te quero, em cada saber ser tua...

Dias sem tempo

Novembro 18, 2007

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Desce a rua sem pressas, de vestido azul num entardecer de promessas. O vento no cabelo e um sorriso nos lábios. Um raio de sol perdido pendurado no olhar, desce a rua sem pressas, parece planar. Na mão um livro antigo, a capa já debota de tanto ser lido, passa sem nada ver, pelas janelas, não tem idade é bela. 

.

Sabe que a espera com um sorriso, encostado ao banco, de olhar lascivo. Sabe que lhe contará segredos, entre areia branca e negros rochedos.  Traz estórias de viagens, de cores diferentes, noutras paragens.  E que depois lhe dirá até breve, como sempre foi, como se deve.

Nunca lhe dirá adeus, nunca lhe dirá até já. O tempo não existe. Nesta praia, ontem é já.

Gosta de a esperar assim, a observar a encosta, a vê-la sorrir. O vento acaricia-lhe a pele, numa dança sem fim. Traz nas malas presentes, de canela e jasmim, traz cores e imagens de cidades e jardins. Nos olhos os instantes que o trazem de volta aqui. 

Leva sabor a saudade nos beijos, e o último raio de sol no cabelo, leva na mão o livro que ela lia, um lenço às flores, uma caixa vazia. Leva no rosto as marcas de um sorriso, que não soube encontrar quando era preciso. Deixa na praia um banco a chorar, um dia sem tempo, um tempo de amar. 

 

 

 

 

 

 

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