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Lazy Cat

No meu cérebro vive um caos sinfónico de ideias desordenadas. Num harém simbólico, todas concorrem -APENAS- pelo teu olhar deslumbrado...

Lazy Cat

No meu cérebro vive um caos sinfónico de ideias desordenadas. Num harém simbólico, todas concorrem -APENAS- pelo teu olhar deslumbrado...

MAGIC

Março 29, 2008

 

  

 

A man’s sitting on the roof,

A cat purring on his lap

His hand gently scratching her head,

While she’s languidly arching her back…

 

 

Ouve a música estelar, de olhos fechados, enquanto a gata ronrona devagar, deitada no seu colo. Com uma mão afaga-lhe o pêlo, perdido em sonhos ao luar, num telhado entre o arvoredo. A lua faz questão de o embalar, enquanto hesita entre render-se e o medo e a gata muda de lugar, como se lhe quisesse contar um segredo. E volta a soprar o vento misterioso, carregado de tudo o que poderia ser, faz do ronronar de gata uma voz rouca de mulher.

 

Brilham estrelas pequeninas num firmamento qualquer, e num telhado escondido, descobrem-se homem e mulher… Passam cometas sorrindo e tudo muda de lugar, voa a chuva em lentos brilhos, vem a neve para os aconchegar, esconde-se o sol entre as nuvens, passa um trenó a tilintar, a lua fecha os olhos, o mar deixa de se agitar, o telhado faz-se cume e na magia de sonhar, homem e mulher são águias, em longos voos de amar…

 

 

A man’s dreaming on a roof,

A cat sitting on his lap

He’s a flying eagle over a mountain,

She gently scratches and nuzzles him back….

 

 

Viagem

Março 23, 2008

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**************************************************

 

Deslizo devagar por vales fumegantes, não tenho pés, não tenho asas, não tenho peso. Ser etéreo de contornos indefinidos, desço na corrente até às cascatas salgadas, Vagueio no ar entre nuvens densas e geladas, provo doces sabores das flores daqui, Mordo sem esforço as frutas dos cumes, aspiro perfumes que nunca antes senti.

Sentada no ponto mais alto observo a vida a passar, correntes de carros, de água, lava incandescente a desaparecer. Vejo o mar revolto e os rios de calma que não se deixam demover de seguir o seu curso, vejo crianças que gritam e pulam, vejo o céu a arder.

Vejo sorrisos em rostos idos, vejo gestos que já esqueci, vejo esperança em rostos escondidos, vejo o tempo que faz de tudo lava, que tudo leva pela frente sem escolher, vejo a noite e a madrugada e o sol que nasce sem se esconder, vejo a lua, iluminada, vejo a Terra a morrer.

Vejo segredos que se guardam em caixas de música, palavras que se deixam de dizer, notas que se soltam de longas melodias, que valem por tudo o que haveria a esconder. Vejo mãos que se perdem e enlaçam, mãos que se prendem e aquecem, esqueço tudo o resto e vejo apenas, mãos que me sabem receber.

Deslizo dos vales fumegantes, todo o meu corpo se encontra em ti, cada contorno do meu ser te procura, se encaixa e reconfigura, perfeita metade de ti. No calor do teu peito reescrevo visitas, guardo memórias, seco lágrimas aflitas, no sabor do teu beijo apago histórias, redefino a vida, reinvento estórias. Viajo no teu corpo ao sabor de mim. Encontro-me, perdida em ti.

 

 

 

 

 

Letra da música aqui

Perdi-me

Março 22, 2008

 

 

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Perdi-me na vastidão do alvo manto ao meu redor,

Nas memórias de uma infância ida,

Na candura de sorrisos de quem não despertou ainda

Perdi-me no silêncio do eco das montanhas

Nas mão geladas e nas fogueiras de fraca chama

Perdi-me no gelo que se transorma em prisão

Na neve branca, na sua imensidão.

 

Perdi o tempo a olhar para tras, matei saudades

Como quem se renova uma e outra vez

Como quem se enche de vento e liberdade

Perdi as horas presa aos cumes encobertos

Entre névoa desenhada e ventos adversos

Perdi-me em abraços partilhados ao relento

Promessas feitas num instante, e levadas pelo vento

 

Perdi-me num processo de busca, perdi-me em mim

Perdi a razão e o sentido da luta, até me rever aqui...

 

 

Tempo

Março 17, 2008

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No tempo do tempo em tempo de lembrança

Vivemos em tempo do tempo que temos

No tempo que temos para tempo de esperança

Perdendo momentos daquilo que vemos

 

Do tempo fazemos apenas mais tempo,

Como o cabelo, desfeitas as tranças

Desfiamos memórias ao ritmo do vento

Voltamos ao tempo de sermos crianças

 

Com tempo para crescer

Em tempo de viver

Sem tempo para tudo ver

No tempo de aprender

 

No tempo para crescer sonhamos

Com tempo de viver sem medos

Tempo para ver o que ganhamos

No tempo de aprender segredos

 

Nos sonhos de crescer vivemos

Em sonhos de viver segredos

No tempo de escutar lembramos

Que há quem guarde os nossos medos

    

Gata e Wolf, algures no tempo.

 

 

EU cheiro a...

Março 09, 2008

 

 

 

 

Cheiro a mar, a ondas que se enrolam, cheiro a sol na pele, cheiro a sal. Cheiro a verão, cheiro a entardecer devagar, cheiro a adormecer no teu regaço e aí acordar. Cheiro a beijos, a desejo, cheiro a chá, a limão fresco, a erva verde. Cheiro a pinhal em noites de verão, cheiro a esteva, a especiarias raras, a flores do campo.

 

Cheiro a certeza, cheiro a saber, cheiro a lágrimas e adormecer. Cheiro a morangos, cheiro a maçãs, e a canela e avelãs. Cheiro a calor, a lenha que se desfaz, a brasas crepitantes, a gelado de ananás. Cheiro a cerejas, a costas arranhadas, cheiro a gemidos, a costas arqueadas. Cheiro a sorrisos. Cheiro a risos, cheiro a ti!

 

Cheiro a lábios molhados, a instinto, cheiro a vinho maduro, a sol nas encostas e a ondas de marfim. Cheiro a vento nas velas, cheiro a voar baixinho, cheiro a mãos que te procuram e a dedos que sabem de mim. Cheiro ao cheiro dos amantes, entre sonho e realidade, à soma dos instantes, que fazem de tudo verdade.

 

 

 

 

::

Março 06, 2008

 

 

 

 

 

 

Acordo no teu beijo,

como quem se inebria de calor,

Acordo em desejo,

sem pressas, em doce torpor,

Acordo presa aos teus lábios,

ao teu cheiro ao teu calor,

Acordo em todos os sentidos,

na boca o teu sabor....

 

 

A que cheiras?

 

Março 02, 2008

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Em sonhos conheço de cor o teu cheiro, os gestos com que me afagas, sei de cor o teu passo e as mãos com que me agarras. Sei o toque do teu cabelo, sei como se prende aos meus dedos, como os teus lábios me murmuram segredos. Como fazem da minha pele travessia, a deixam envolta em húmida maresia e desencadeiam o ritmo do meu mar, sei de cor o sol que me incendeia quando a tua voz me chama, ainda do fundo de um sonho, ainda do fundo da cama, quando da lua fazes testemunha de jogos e diabruras, quando das estrelas apagas a luz e acendes o sorriso que me desperta e seduz. Sei de cor o aconchego do calor dos teus braços, a cor da tua pele, a distância dos teus espaços, sei de cor o teu sono, e o ritmo que te embala, em sonhos adormeces assim, longe do mundo, abraçado a mim…  

 

… in your dreams, whatever they be
Dream a little dream of me...

 

07-Mamas and the P...

Letra da música aqui

 

 

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