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Lazy Cat

No meu cérebro vive um caos sinfónico de ideias desordenadas. Num harém simbólico, todas concorrem -APENAS- pelo teu olhar deslumbrado...

Lazy Cat

No meu cérebro vive um caos sinfónico de ideias desordenadas. Num harém simbólico, todas concorrem -APENAS- pelo teu olhar deslumbrado...

Hoje

Outubro 29, 2008

 

 

 

Hoje não foi um dia feliz.

Fizeste-me muita falta.

Não te vi sorrir.

Não ouvi a tua voz.

Não senti o teu calor na minha cama.

Hoje não foi um dia feliz.

Ninguém devia estar longe de quem ama.

Não te senti respirar junto a mim.

Não senti o peso do teu braço durante a noite.

Não me pude enroscar em ti.

Não sei por onde andaste, não cozinhei para ti.

Hoje não foi um dia feliz.

O sol escondeu-se atrás de densas nuvens.

O peso da tua ausência esmagou o meu tempo,

fazendo-o passar triste e lento.

Hoje não foi um dia feliz.

 

 

 

 

Manhãs de Inverno

Outubro 22, 2008

 

 

 

Acordo.  Ainda meia perdida nas brumas de sonhos vagos que deixaram o meu corpo a vibrar, procuro-te. O espaço ao meu lado está apenas morno, sinal de que já o deixaste há algum tempo, mas o quarto continua inundado de escuridão. Não te ouço. Procuro descobrir barulhos familiares pela casa, mas nada indica que ainda cá estejas. Estranho. Ainda não me mexi. Acho que nem abri bem os olhos. O meu coração bate mais depressa do que seria de esperar, o meu corpo não se conforma com a ausência do teu. Mexo-me levemente e o meu peito agradece a leve carícia dos lençóis. Puxo um braço para dentro da cama e descubro com um sorriso humidade e calor. Hummmm... Os meus dedos procuram dobras que conhecem bem, ouço-me gemer baixinho como se estivesse longe, está demasiado calor aqui e, enquanto as minhas mãos repetem gestos  que me levam cada vez para mais longe, as pernas destapam-me por inteiro, libertando o meu corpo, deixando que os movimentos se tornem mais livres e ritmados. O ar fresco do quarto enrijece-me os mamilos, tornando um breve tortura não ter a tua boca para os receber, os teus dentes para os mordiscar, a tua lingua vadia para os percorrer, devagar, muito devagar...

 

  

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É neste momento que me prendes as mãos, puxando-as para cima, enquanto o peso do teu corpo me esmaga contra a cama, o teu quer o meu corpo e é assim que o reclama. A tua boca molha a minha pele, morde sem escolher, o teu membro procura o caminho e enterra-se possante numa zona macia que se molha para o receber.  As tuas mãos prendem-me e marcam os pulsos, algemas humanas impossíveis de quebrar  e retiras-te de mim no momento preciso em que me preparo para gozar.

 

STRENGHT

Outubro 19, 2008

 

 

 

No sítio onde me vias, e a que já não podes chegar,

ficam réstias de bruma e um leve cheiro a mar.

Das mãos que te estendia, e não soubeste agarrar,

Fica no ar o calor, que o vento não quer apagar.

 

Na alma que visitaste, e soubeste marcar,

Nasce um novo sorriso, livre de despertar

Nasce uma nova consciência da palavra amar.

Um rumo retomado sem tropeços e sem hesitar.

 

Um retomar tranquilo dos dias lentos de antes

Sem a presença constante de mãos angustiantes

Um retomar tranquilo dos dias ricos de antes

Regressar de memórias cálidas mas distantes.

 

Do fundo do tempo que queres para ti

Do fundo do tempo que perdi para mim

Do fundo da alma que anseia por ti

Nasce a força que me devolve a mim.

 

Do amor que te tenho e terei sempre

Nasce a certeza ainda recente

Que não há laços que tudo curem

Nem abraços que sempre durem.

 

E de tudo aquilo que acabo de escrever,

Nasce a força de que preciso,

Para te amar e viver.

 

 

 

 

 

 

 

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AnGeR

Outubro 04, 2008

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Do recôndito espaço onde adormeço e me agarras, sinto as tuas mãos, dedos como garras. Do silêncio inquieto povoado de palavras, nascem movimentos, bordados de asas. Não há tempo, entre as horas que se esgotam, não há segredos nos infinitos que se gostam. Não há sorrisos camuflados de lágrimas, nem urgências perdidas nos “agora”. Do esquecido calor que emana do teu corpo, sinto-te presente e distante, aconchego e dor. Do vento que entra livremente pelas janelas, sabores agri-doces de mentiras singelas.

Do infinito díspar de sentimentos que se fundem, lágrimas cor-de-prata de nuvens que se afastam e iludem. Tempestades e trovões e todas as injurias, num manto de linho fresco, entre flores e ternas juras. Sol. Como queimaduras, desculpas em farrapos, como ligaduras. Não há veneno mais cruel nem pior mordedura, que a picada real em ferida madura. Não há silêncios balsámicos, nem gritos em armaduras, nem preço que pague o preço de deixar ganhar a vida. E adormeço aqui, entre areia e mar, no espaço onde me agarrras e não me deixo tocar.

 

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