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Lazy Cat

No meu cérebro vive um caos sinfónico de ideias desordenadas. Num harém simbólico, todas concorrem -APENAS- pelo teu olhar deslumbrado...

Lazy Cat

No meu cérebro vive um caos sinfónico de ideias desordenadas. Num harém simbólico, todas concorrem -APENAS- pelo teu olhar deslumbrado...

uma carta...

Março 30, 2010

O envelope chegou pelo correio. Apenas ligeiramente maior e mais cheio que os habituais. Mas era diferente. Não era branco. O papel espelhava reflexos, à luz e, a diferença que sentia ao toque eram riscas. Uma textura de riscas finas que enchiam a pele e o faziam ter vontade de passar vezes sem conta os dedos pelos cantos do mesmo.

Não tinha remetente e não conhecia a letra do endereço. Mas era para ele, sem dúvida. Era o seu nome completo escrito a tinta azul. De forma estranhamente regular e elegante, dada a textura do papel.

Abriu a porta, pousou a pilha de correio e desfez o nó da gravata, o envelope ainda preso entre o polegar e o indicador. Acendeu a luz. Iluminaram-se as mesas baixas e os focos dos quadros encheram o ar de luz filtrada. Foi à cozinha, trouxe um copo cheio de gelo, serviu-se de whisky e sentou-se.

Voltou a olhar para cada lado do envelope e abriu-o. O papel, idêntico ao do envelope tinha gravado um símbolo que não soube identificar e, na mesma letra, elegante e feminina dizia:

“Esta é uma fantasia criada à sua medida.”

Deixou de parte o cartão e dedicou toda a sua atenção às 4 folhas impressas que o acompanhavam.

Francisco, este é o primeiro passo em direcção à…

 

:)

 

sugestões?

 

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I'm back!

Março 30, 2010

 

 

Desceu a escadas e sorriu.

Não se lembrava, desde há muito, de ver o sol através da porta assim cedo.

Não se lembrava desde há muito de descer as escadas a sorrir, sem a correria imposta pelos ponteiros déspotas de relógios que nem usava!

Não parou para ver que aspecto tinha no reflexo das vidraças. Não parou para atravessar a estrada. Entrou para o carro ainda com a música na cabeça e aquele sorriso preso nos lábios.

 

Afinal era fácil começar bem os dias!

 

Desceu do carro e sorriu.

Não se lembrava, desde há muito, de ver o mar assim tão perto.

Não se lembrava desde há muito de fazer um desvio pelo caminho, cheirar o ar, sentir o sol, perder minutos a ganhar vida!

Voltou para o carro com as ondas a fustigar as rochas lá ao fundo, salpicos de sal no cabelo ainda húmido. Voltou para o carro a sorrir. Em paz com o tempo, com as horas e com o mundo.

 

Afinal é fácil viver bem os dias!

 

 

 

 

 

 

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