uma carta...
Março 30, 2010
O envelope chegou pelo correio. Apenas ligeiramente maior e mais cheio que os habituais. Mas era diferente. Não era branco. O papel espelhava reflexos, à luz e, a diferença que sentia ao toque eram riscas. Uma textura de riscas finas que enchiam a pele e o faziam ter vontade de passar vezes sem conta os dedos pelos cantos do mesmo.
Não tinha remetente e não conhecia a letra do endereço. Mas era para ele, sem dúvida. Era o seu nome completo escrito a tinta azul. De forma estranhamente regular e elegante, dada a textura do papel.
Abriu a porta, pousou a pilha de correio e desfez o nó da gravata, o envelope ainda preso entre o polegar e o indicador. Acendeu a luz. Iluminaram-se as mesas baixas e os focos dos quadros encheram o ar de luz filtrada. Foi à cozinha, trouxe um copo cheio de gelo, serviu-se de whisky e sentou-se.
Voltou a olhar para cada lado do envelope e abriu-o. O papel, idêntico ao do envelope tinha gravado um símbolo que não soube identificar e, na mesma letra, elegante e feminina dizia:
“Esta é uma fantasia criada à sua medida.”
Deixou de parte o cartão e dedicou toda a sua atenção às 4 folhas impressas que o acompanhavam.
Francisco, este é o primeiro passo em direcção à…
:)
sugestões?