DIsABafO
Junho 29, 2012
Achava que já tinha chorado tudo.
Mas afinal parece que não. Quem me dera….
Quem me dera que houvesse um caminho, Uma forma, um meio, fosse qual fosse,
De te tirar definitivamente de mim. Porque eu ainda te amo e ainda te quero
Mesmo não te querendo e sabendoQue não há por onde nem como nem porquê
Quem me dera que houvesse, magia, fosse Ela branca ou negra, capaz de te apagar,
Te extirpar de mim, ainda que parte de mim Sem ti, morra…
Porque eu ainda te vejo e falo contigo Nesta loucura de não te querer, neste silêncio
De tudo o que não ouves e te digo, nesta guerra Do que quero e não posso fazer…e sofro
A dobrar, por não estar contigo E novamente por não o querer…
Quem me dera que o Diabo existisse E me pudesse ouvir, eu hoje troco, dou tudo,
Deixo de ser quem sou, dou a alma, o corpo, A pele e tudo o que me faz ser quem sou
para nunca me ter cruzado contigo…
Porque eu já não te quero querer, estou Cansada de te ter aqui. Deixa-me. Não te
Lembres mais de mim. Não me queiras. Não me queiras bem. Não me queiras mal.
Não penses em mim. Porque eu ouço-te. Sempre te soube ouvir pensar.
Quem me dera nunca o ter feito. Nunca ter Querido perceber. Não saber melhor que tu
Cada dia e cada porquê. Quem me dera ter Ignorado tudo. Ser aquela em que me quiseste
Fazer….
Porque eu já não consigo e não quero mais. Não quero mais lembrar-me do teu sorriso.
Só me quero lembrar do ódio nos teus olhos. Não me quero lembrar dos teus abraços.
Coração com coração, como a tua mulher te ensinou. Só me quero lembrar das tuas palavras horríveis.
Não quero mais lembrar-me de acordar contigo Só de todas as noites em que não dormi
E que tu passaste com outras. Não me quero mais lembrar de dormir agarrados
Nem do cheiro da nossa roupa Só me quero lembrar que és feliz e o gritas a céu
Aberto. E que essa felicidade é com outra. Quem me dera, no meio de tudo isto, NUNCA
Me ter cruzado contigo. Porque eu acredito. No Amor como caminho.
E sei. E tu sabes. E não há como desfazer isto. E quero quebrar este fio invisível que nos liga
Quem me dera que ADEUS tivesse de facto, Um peso definitivo e não fosse este sofrer
Este definhar lento e aflitivo.
Sim, eu hoje vendia a minha alma ao diabo.
Por um abraço teu.
Ou por nunca me ter cruzado contigo!