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Lazy Cat

No meu cérebro vive um caos sinfónico de ideias desordenadas. Num harém simbólico, todas concorrem -APENAS- pelo teu olhar deslumbrado...

Lazy Cat

No meu cérebro vive um caos sinfónico de ideias desordenadas. Num harém simbólico, todas concorrem -APENAS- pelo teu olhar deslumbrado...

...

Outubro 17, 2012

Amanhece um dia cinzento e molhado enquanto ela se enrosca na cama, abraçada à almofada. Naquele canto as gotas fazem música, nota a nota, num leve bater e salpicar que lhe embala a preguiça e lhe perde os pensamentos entre mundos. Vê como as gotas explodem em salpicos coloridos nos vidros, vermelho, verde, lilás, que estranho! Azul, amarelo, vitrais efémeros num sonho acordado de notas harmónicas que se desfazem em cores. Ao longe a cidade acorda, num misto de vapores e de vozes, de gritos e correrias, de passos atropelados, de murmurados bons dias. Ao longe, muito ao longe, a ponte apenas se estende, linha que corta o longo nevoeiro embaciado, como uma falha, ou um erro. Aqui são as buzinas e os passos, os cheiros que pelas janelas entreabertas lhe invadem a casa e os sentidos. Lhe arranham a dormência. Entre o leve calor das penas e
a vida húmida, refém das horas, há rios que sobem montanhas, cascatas de felicidade colorida. Salpicos que se prendem nos cabelos, pingos de cor, leves, imprecisos. Nuvens de conforto passam cadenciadas, vazias, brancas. Berços de sonos alienados. Pétalas pairam macias sobre o ar quente em espiral, cochicham em corrupio e voltam a nadar. Cabelos leves, ao vento, o sol, erva macia, pés descalços a voar. Pele, nua, aquecida, café e torradas a chegar. Quente a chuva do vento, azul o sol a brilhar, dorme e sonha a contento, a vida leve a chegar….

Há coisas que eu não entendo.

Outubro 16, 2012

 

 

É assim. E pronto. Às vezes digo que sou lerda.

As pessoas, as minhas pessoas, sorriem.

Acham que é disparate. Mas não é. Há ligações

que eu pura e simplesmente não faço. Porque

apenas me tenho a mim como referência. Não

por egocentrismo ou qualquer tipo de

desequilíbrio. Apenas porque sou distraída e

abstraída da vida. Da dos outros, entenda-se.

Mesmo dos que me são muito próximos.

 

E neste caso, eu não entendo o que raio tem o

título desta canção a ver com o texto. Pronto,

com a letra. Não venham de lá os puristas da

linguagem dar-me na cabeça que com este

tempo abafado e leitoso já está baralhada que

me chegue!

 

Mas, e o mais curioso talvez seja isto, esta letra

é daquelas coisas que me enchem a alma. Das

pequenas coisas que fazem o meu dia valer a

pena, daqueles  pormenores deliciosos para

mim porque esta pérola poderia (oh! Sim! ) ter

saído das minhas mãos, ou da minha sempre

ocupada cabeça, porque faz claramente

afinal, tão sentida e consentidamente sentido!

E pronto.

 

Há coisas que eu não entendo.

Mas de que gosto.

Muito.

 

 

 

 

A tragédia do amanhã

Outubro 15, 2012

 

 

Amanhã tenho que…Amanhã faço isso. Devia passar por lá hoje, mas tinha que ir de

propósito, amanhã no regresso passo por lá. Queria ligar à Maria, à Felipa, à Catarina,

à Filomena, mas já é tarde, amanhã trato disso. É preciso mudar isto, arrumar aquilo,

trocar a lâmpada ali, aqui, é preciso…amanhã trato disso.

 

Tenho saudades da praia, de andar descalça na areia, de voltar para a “minha casa”.

 

Apetecia-me mesmo era um café numa esplanada ao sol, mas sozinha…talvez ligue à Susana.

Mas oh, já passa das cinco da tarde, com certeza já tem planos e o sol está quase a desaparecer.

Amanhã ligo-lhe, cedo.

 

Tenho que perder meia dúzia de quilos. Assim que acabar este chocolate não como mais nenhum.

A partir de amanhã só como sopa.

 

Tenho saudades do António, do Manuel, da Sónia, do Ricardo, do Rodrigo. Há tanto tempo que não

sei nada deles. Do Tiago, da Catarina, da Isabel. Do Pedro e da Inês, da Silvia. Deixei passar tanto

tempo sem lhe ligar, sem saber deles. Gostava de vê-los, de saber como estão. Mas nem sei bem

como fazer. Talvez lhes escreva um e-mail. Vou pensar nisso durante a noite, amanhã escrevo.

 

O meu filho está tão grande! Já faz tantas coisas sozinho! Hoje portou-se tão bem durante o passeio.

Ajudou tanto em casa, com sorriso e boa vontade. Devia ter-lhe dito que estava grata, que gosto dele

e de ver que é um menino atento e carinhoso. Amanhã, hoje já é muito tarde, já está a dormir.

Amanhã digo-lhe que o amo e me orgulho muito do filho que tenho. Amanhã telefono.

Amanhã convido. Amanhã digo-lhe. 

 

Amanhã faço. Amanhã perdoo. Amanhã digo que amo. Amanhã.

 

Todos os dias têm um amanhã e todos os dias se perdem carinhos e mimos,

se aumentam saudades, se alongam distâncias simplesmente porque,

tragicamente, existe um amanhã.  

Ah! Amanhã esqueço. Amanhã desisto. Amanhã....mudo de vida! 

 

Um amanhã em que tudo se faz fácil, tudo se faz, tudo acontece...

 

amanhã. 

40 anos

Outubro 04, 2012

 

Nunca tinha pensado muito nisso, mas 40 anos são,

com sorte, meia vida.

 

Aprendi nos últimos 2 anos, para não dizer no último, 

uma série de lições, da pior maneira. :-)

 

Mas estou viva, sorridente e feliz!

 

Feliz dia pra todos! 

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