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Lazy Cat

No meu cérebro vive um caos sinfónico de ideias desordenadas. Num harém simbólico, todas concorrem -APENAS- pelo teu olhar deslumbrado...

Lazy Cat

No meu cérebro vive um caos sinfónico de ideias desordenadas. Num harém simbólico, todas concorrem -APENAS- pelo teu olhar deslumbrado...

Quando não restar mais nada

Junho 26, 2013



Não, não venhas. Não venhas ver-me, não me procures. Não venhas, quando nada mais restar. Não venhas quando o Verão se tiver ido e os dias sejam pálidos e cinzentos, quando a luz estiver escondida, a do mundo e a tua, não venhas quando já nenhum sol te aquece e os teus pensamentos se afundam na espuma branca das vagas que te atingem. Não venhas. Não queiras saber de mim.

Não venhas quando todos os corpos já não passarem disso e todos os sorrisos te façam lembrar o meu, não venhas quando as manhãs forem frias e te faltarem os meus pés para adormecer porque todos os outros terão já ido, afastando-se, fugindo. Não venhas depois de tantas mãos nas tuas, de tantos lábios, de tantas verdades instantâneas que o calor evaporou.

Não venhas ao anoitecer, quando o frio já se me entranha e penso em aconchego. Não venhas de manhã, quando ainda de olhos mal abertos os nossos corpos se encontravam, ainda antes dos meus olhos procurarem os teus, as nossas mão já deslizavam em gestos só meus, em gestos só teus.

Não venhas, quando a vida te tiver esvaziado o olhar e o sorriso, porque sabes que há sempre lugar. Não venhas, com mil caras cruzadas nas tuas, mil ilusões, desfeitas e cruas, procurar casa e descansar.

Não, quando não te restar mais nada, porque nada soubeste guardar. Não me venhas dizer saudades, não me venhas ver, sequer, e se passares na minha rua, por acaso, passa depressa para não te ver.

Quando tudo for nada, ar em que te afogas e água que te faz arder, quando as palavras forem ódio e a esperança um vago saber, quando as ruas forem estreitas e os telhados ruínas, quando os dias forem anos e as vozes gritos em surdina, quando a chuva vier de dentro, quando o sol já tiver ido, quando não houver mais jogos nem mentiras que te façam fugir de ti…não me venhas ver, nem queiras saber de mim.

Não há!

Junho 24, 2013

 

Já corri mundo, dei-lhe várias voltas,
Já chorei lágrimas, de rédeas soltas
Já procurei em todos os recantos.
Falta sempre sempre tanto!

E não há espaço para o quase, depois do tudo.

Procurar?
Eu sei onde está. Posso entreter-me a fingir que procuro.
Posso fingir que não vejo para lá do muro.
Posso aceitar que jamais cairá e jamais o escalarei
Mas sei exactamente onde está e que em tudo o resto,
falta o meu imperfeito tudo!

Procurar o que não há onde não está.
Pode ser um exercício brilhante,
Pode ser uma viagem fascinante,
mas apenas por um segundo.
(Julho 17, 2011. in Ex-Corde-Diário de uma paixão que o amor não deixa morrer) 

Mar de mí

Junho 19, 2013

Te hecho de menos.

 

Porque não me apetece dizer saudades.

Porque não quero sentir-te a falta e assim,

se o digo noutra língua,

finjo que não saiu de mim.

 

Pero te hecho de menos.

 

Mesmo que diga que não sinto, aqui

Mesmo que diga que eu já te esqueci

que o negue em vários idiomas

não desaparece a sombra ti. 

 

sem brilho

Junho 14, 2013

e sem cor e sem postura. 

é assim de cada vez que te revejo. 

que saudades, amor

desses olhos vivos de rir e desejo

e dessa infinta loucura! 

saudades

Junho 10, 2013

Às vezes tenho saudades. 

Saudades do teu sorriso

Saudades do teu olhar, 

daquel'instante impreciso

em que me sabias amar

 

 

Hoje tenho saudades. Tuas. 

A M O R

Junho 07, 2013

Was it love.

Is it love?

Has it ever been love?

 

Não sei se o amor tem fim. Nem se o amor começa.

O Amor talvez se consuma por se viver à pressa.

Não sei se o amor acaba. Nem sei de onde vem.

 

Sei que o Amor fica. Por muito que aconteça.

Tudo muda à nossa volta. O Amor não, de certeza.

Sei que o Amor se desdobra e multiplica.

 

Amor não é paixão que tudo esquece e tudo pede,

Nem é corpo que tudo quer e tudo impede

Amor é apenas amar sem saber porque se ama. 

 

 

 

PS: Já escrevi Amor com todas as letras, todas as cores, de todos os tamanhos.

      E enquanto acreditar, encontrarei ainda novas formas de escrever, dizer e fazer AMOR. 

des-atino

Junho 05, 2013

é desta! é desta que me entrego, por inteiro e fico por aqui

no calor do teu sorriso, no sentimento que tens por mim

é desta que acaba a guerra e me deixo descansar em paz

na casa sonhada dentro do pinhal e com o mar lá atras

é desta que me esqueço de me lembrar de outros dias

e faço de ti a verdade das minhas loucas fantasias

é desta que perco o tino e nem por sombras me arrependo

te entrego tudo quanto sou e me descobres os segredos

é desta, já te disse, é desta que (des)atino, e sossego

no fundo dos teus olhos escuros, que são tudo quanto quero!

 

 

  

                            música                      

 

 

 

 

assim

Junho 03, 2013

Assim, sem querer, sem vontade,

Voluntariamente entregue, assim

Sem pedir ou dizer, sem ser breve,

Apenas sentir e gemer, gemer,

Assim, quando apenas ao de leve

Das tuas mãos não se atreve

O meu corpo a esconder…assim… 

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