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Novembro 13, 2007
Miragens de estrelas em pedaços de nada, paixões e desamores e vidas ancoradas. Foguetões imaginários em sementes de mim, em traços de cor em pinturas de ti.
Nesta multitude de cores entrelaçadas nascem surpresas do fundo do nada, fitas de cor que correm apressadas por prados semeados de beijos e marmelada. Reflecte-se a noite na aurora ainda demorada, na copa das árvores da floresta enfeitiçada. Nas pontas das lanças dos dragões imaginários, repousam bolas de Berlim enfeitadas.
Chovem sorrisos em corações desenhados, somem-se esquissos de projectos adiados. A lua preguiça, em baloiço sentada, e da nave espacial, os chapéus pontiagudos parecem gelados de aromas do mundo. Encontram-se cores em esplanadas de luz, corre devagar o rio, entre planícies desertas e montanhas de giz, flores abertas e um letreiro que diz: “Este é o caminho certo para seres feliz”.
Nos barcos sem velas que o vento conduz viajam segredos de limão e alcaçuz . Negro como as grutas escondidas da luz. Vogam navios por mares sem fim de azul profundo e pontos de marfim. Atravessam saudade atravessam-te a ti, trazem-te para a margem onde te espero assim. Entre chuva de sonhos e um palhaço que sorri, entre estrelas que brilham e sol que sorri.
Vestida de sonho nas asas de um desejo, neste enrolar de segredos de que se fazem os beijos, levanto os olhos e és tu quem sinto, és tu quem vejo, és tu quem me sorri, és a certeza que tenho, entre retalhos de vidas bordadas e coloridas, és tu, sou eu, voando pelo céu em tapete de conto de fadas, pintamos a vida de cores partilhadas.
Nesta tela colorida, viva e habitada, és a minha certeza, não
tendo certeza de nada…
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Texto dedicado à primeira e única pessoa (até hoje) que me
comentou com um (meio) palavrão.
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