E* n*o t* a*o
Fevereiro 20, 2008
Não, não te amei vagamente como quem não se lembra bem de quê.
Com cada poro da pele
Com cada célula de mim
Não te amei calmamente
Mas amei-te, isso sim
Com cada sorriso rasgado
Com cada perguntar porquê
Não te amei simplesmente
Foste um acto de fé
Com cada gesto contido
Com cada gesto que fiz
Amei-te, amante, amigo
E tudo o que nem se diz
Com cada lágrima amarga
Com cada perder o norte
Amei-te como o vento
Tão impotente, e tão forte
Com cada letra fustigada
Com cada grito mudo
Amei-te, história roubada
Princípio e fim de tudo
Com cada verdade dita
Com cada mentira calada
Não te amei noite dentro
Foi sempre de madrugada
Com cada passo inseguro
Com cada corrida alada
Fiz de ti o meu mundo
Foste tudo e eras nada
Não, não te amei facilmente, mas amei-te. Possivelmente.