Perdi-me
Março 22, 2008
Perdi-me na vastidão do alvo manto ao meu redor,
Nas memórias de uma infância ida,
Na candura de sorrisos de quem não despertou ainda
Perdi-me no silêncio do eco das montanhas
Nas mão geladas e nas fogueiras de fraca chama
Perdi-me no gelo que se transorma em prisão
Na neve branca, na sua imensidão.
Perdi o tempo a olhar para tras, matei saudades
Como quem se renova uma e outra vez
Como quem se enche de vento e liberdade
Perdi as horas presa aos cumes encobertos
Entre névoa desenhada e ventos adversos
Perdi-me em abraços partilhados ao relento
Promessas feitas num instante, e levadas pelo vento
Perdi-me num processo de busca, perdi-me em mim
Perdi a razão e o sentido da luta, até me rever aqui...