In your arms
Maio 15, 2008
Languidamente, como quem acorda devagar, abro os olhos para um mundo novo para explorar. Descubro-o sem pressas, presa ao teu calor, numa ilha deserta, longe do mundo e seu estertor.
Nesta ilha diferente, presa num mundo a girar, escondida dos olhos iníquos, por asas em lento esvoaçar, descubro o tempo lento de saber aproveitar. Descubro em gestos pequenos, a imensidão de um mar.
Na pequenez de cada gesto, de cada brando murmurar, no silêncio de cada palavra, no segredo de cada calar, vislumbro um horizonte perdido, entre mar de noite e céu ao rubro, no infinito de acreditar.
Languidamente fecho os olhos, como quem se deixa embalar, guardo em mim as memórias deste mundo por encontrar, recolho cada detalhe, cada secreto lugar, para os rever nos teus olhos, em cada novo acordar.
(Imagem daqui)