TU
Dezembro 10, 2008
Vento. Frio em rajadas e água em choro lento. O tempo fala de ti em sopros, em uivos, em voz de lamento. Vento, que me aturde e enrola os pensamentos, frio que me gela o corpo por fora e por dentro e água que suja mais que lava a alma e a enche de tormentos.
E depois chegas tu. Num halo de carinho, amável e sorridente. Pára a chuva nos telhados, amaina o vento nas esquinas, recolhe o frio ao seu lugar, fecham-se todas as cortinas. Aqueces o corpo, despes a alma e fazes das noites, em contraste com os dias, histórias leves e tranquilas.