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Janeiro 11, 2013
O teu anel e os meus dedos são um par perfeito, à primeira vista. A cor certa de metal na pele
dourada de sol, As pedras que soltam brilhos a cada movimento. As mãos que falam e falam e
contam em riscos de luz o quanto gostam de ti.
Um anel que dança com os dedos. Que dança nos Dedos que grita “amo-te assim!”. Mas que
sai por vezes Disparado, porque só parece e não é ajustado ao meu Dedo o anel que escolheste
para mim.
Encontra-se de repente no chão, sem saber muto bem como Apanho-o e volto a enrolá-lo numdedo onde fica solto. Livre. Sei que um dia pode perder-se. Sei que mais valia prendê-lo, cortá-lo, apertá-lo mas não o faço. Foi este o anel Que tu escolheste. Exactamente como é. Podia amarrá-lo, Guardá-lo numa gaveta, fechá-lo longe dos olhos do meu coração, longe dos olhos do mundo que
julga o teu anel no Meu dedo e me olha com compaixão. Podia. Mas gosto dele aqui. No sítio onde se fizeram promessas e onde nasceu uma imensa alegria. Gosto dele como e onde está e gosto
de saber Que um dia, vou ter uma história para contar, de duas almas Gémeas que não se souberam encontrar.
Guardam-se mutuamente no coração e na alma. Ela usa-o no dedo, ele trá-la sempre na perna.
São como nós, o teu anel e os meus dedos. Para se encaixarem perfeitamente seria preciso tomar uma decisão que ninguém tem a coragem de tomar porque, depois de feito o que teria que ser, o
anel jamais seria o mesmo nem poderia voltar a ser…