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Janeiro 23, 2013
Hoje não estou.
Não batam à porta, não telefonem, não me procurem.
Nos meandros da minha mente há um coração que palpita
Que se agarra, que se afoga, que no silêncio mais absoluto
Apenas grita e grita….e grita…
Não estou. Nem quero estar. Hoje a vida pesa mais do que devia.
Quero ficar perdida em mim, na minha mente, na minha dor.
Esquecer que existe vida para além do que sinto, vida, qualquer
Vida para além da vida deste pequeno grande frágil amor.
Hoje não estou. Mas estou onde interessa. Onde é preciso estar.
No único lugar onde a vida se esvai depressa, o amor se conjuga
Devagar. Hoje não quero, fechei a porta. Há momentos em que o
ar que se respira corta, fere, arranca. É amar-te que me mata.