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Lazy Cat

No meu cérebro vive um caos sinfónico de ideias desordenadas. Num harém simbólico, todas concorrem -APENAS- pelo teu olhar deslumbrado...

Lazy Cat

No meu cérebro vive um caos sinfónico de ideias desordenadas. Num harém simbólico, todas concorrem -APENAS- pelo teu olhar deslumbrado...

Ao fim da noite

Fevereiro 23, 2008

Ao fim da noite desdobro-me, sou feiticeira e feitiço alado, sou vento que corre leve, no teu peito aconchegado. Ao fim da noite recomeço, com novas artes e magia, sou apenas um pássaro, breve cotovia. Ao fim da noite perco o rumo, deixo o tempo adormecer, sou um fantasma alado, que sabes reconhecer. Ao fim da noite sou piano, cujas notas ouves ao luar, sou melodia eterna, em berço de embalar. Ao fim da noite sou poema, em rimas de inventar, sou anátema em eterno desvendar. Ao fim da noite sou cigana, folhos e luzes de bailar, sou apenas uma sombra de velas a bruxulear. Ao fim da noite sou sereia, em mares de naufragar, sou corrida de estrelas em suspensão no ar. Ao fim da noite sou silêncio, verso e abraçar, ao fim da noite sou segredo, que não sabes encontrar.

 

Ao fim da noite na praia, sou maré em eterno vazar, sou concha vazia e dispersa entre grãos a vaguear. Ao fim da noite na água, sou alga a flutuar, presa ao destino incerto de uma onda a rebentar. Ao fim da noite da ilha, apenas vejo brilhar a candeia que manténs acesa, para te saber procurar. Ao fim da noite sou sacerdotisa do amor que comparte a tua vida, a destrói e suaviza e te faz sentir maior. Ao fim da noite nas trevas, sou borboleta a esvoaçar, queima as asas mas repete, crê que a luz a vai saciar. Ao fim da noite sou infinito espraiado no teu corpo, sou carícia, sou riso, sou gemido rouco. Ao fim da noite sou sonho, palavras de cheiro risonho, versos de recomeçar. Ao fim da noite sou ponte, passadiço por levantar, ao fim da noite sou praia, adormecida ao luar.   

   

    

    

     

     

     

 

 

 

 

 

 

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...

Agosto 29, 2007

Sabia que não era aquele o caminho. Não estava onde queria nem a caminhar para lá. Não era a sombra daquelas árvores que queria nem o canto daqueles pássaros. Não era aquele sol nem aquelas praias, que tantos invejavam.
Não queria estar ali!
Portanto, enquanto aos olhos dos outros seguia diáriamenta a rotina imposta, sem pisar fora do trilho, ia construindo caminhos. Possibilidades, hipóteses, sonhos, ideiais, tudo servia para marcar no mapa o caminho desejado. E os dias iam, lentamente, passando. Passaram algumas estações, as árvores cresceram e foram-se fortificando. E ela ali. Onde não queria estar, na rotina pré-estabelecida, a ver a vida passar.
E, num daqueles rasgos de lucidez, que aparecem como um raio de sol extraviado entre as nuvens da tormenta, lembrou-se que a resposta era até 23. E então, com os gestos calmos e seguros de quem sabe que está a dar um passo enorme em direcção ao vazio, abriu o mail e respondeu sim. Simplesmente, agradecendo com as formalidades do costume, deu um passo rumo ao futuro.

Fechou a porta, entrou no carro, verificou que lá cabia tudo o que realmente era importante e, sem perder mais tempo, rodou a chave e foi-se embora.



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