Quase
Abril 04, 2013
Quase lá, quase perfeito, quase!
É este quase que me mata! O quase que marca a distância a que ficámos,
Salienta a lonjura, o não concretizado! Foi quase isso! Quase!
Como se de quase se pudesse viver sem mágoas e desencantos como se
quase fosse alguma coisa mais que nada!
Mas quase? Quase é close to nada.
Se foi quase não existiu! Se não existiu é nada!
Logo, quase é um anagrama do nada!
Teorias, filosofias, conversa deitada fora, apenas palavras.
O que é uma quase ideia?
O que é chegar quase lá?
Não é preciso falar de sexo para que o quase lá seja sinónimo de frustração.
Eu amo palavras, não detesto nem odeio nenhuma e uso todas quanto conheço (e as que vou descobrindo) com uma paixão que (não) é (quase) loucura! É completa, a forma como me entrego e prendo e deixo que me envolvam as palavras…entrega e envolvimento, por inteiro!
É no quase que se perdem as horas feitas de minutos, as vidas feitas de momentos, as estórias felizes feitas de sorrisos. No quase que se apagam o brilho nos olhos e se afogam as ideias. No quase que as portas se fecham, os caminhos se apagam, se cortam os laços
e se desfazem todos os abraços.
No quase que impediu a existência do tudo!