STRENGHT
Outubro 19, 2008
No sítio onde me vias, e a que já não podes chegar, ficam réstias de bruma e um leve cheiro a mar. Das mãos que te estendia, e não soubeste agarrar, Fica no ar o calor, que o vento não quer apagar. Na alma que visitaste, e soubeste marcar, Nasce um novo sorriso, livre de despertar Nasce uma nova consciência da palavra amar. Um rumo retomado sem tropeços e sem hesitar. Um retomar tranquilo dos dias lentos de antes Sem a presença constante de mãos angustiantes Um retomar tranquilo dos dias ricos de antes Regressar de memórias cálidas mas distantes. Do fundo do tempo que queres para ti Do fundo do tempo que perdi para mim Do fundo da alma que anseia por ti Nasce a força que me devolve a mim. Do amor que te tenho e terei sempre Nasce a certeza ainda recente Que não há laços que tudo curem Nem abraços que sempre durem. E de tudo aquilo que acabo de escrever, Nasce a força de que preciso, Para te amar e viver.